- moça, essa autora aqui (apontando para o box com os livros da jane austen) é a esposa do paul auster?
manual prático de bons modos em livrarias: enxaqueca define.
Piratas da Livraria
lembram desse delírio? agora ele tem resposta.
vi aqui.
manual prático de bons modos em livrarias: 2012 mandou um beijo.
"mas a hillé não é livreira. é a gloria kalil das livrarias." - @flaviasantos
manual prático de bons modos em livrarias: elegância, a gente vê por aqui.
up: confesso que pouco entendi do causo, mas nada vai me tirar da cabeça a imagem de um livreiro correndo pelo shopping com o telefone da livraria em mãos.
minha gente, eu costumo redigir os causos que vocês me enviam, antes de publicá-los aqui no manual. é um cuidado que eu tenho, gosto de deixar todos com o mesmo formato e mimimi. sofremos de toc? sofremos. mereço ser amada ainda assim? mereço. no entanto, hoje recebi algo tão ________ (insira aqui o seu adjetivo psicodélico favorito), que não tive coragem de mudar uma vírgula sequer. e, olha, já adianto: o causo é polêmico e não deve ser lido, em hipótse alguma, por crianças menores de oitenta anos. sendo assim, tire a sua sandy da sala, pegue a sua pipoca caseira e venha ficar verde que te kero koko.
amor compartilhado pelo freguês diogo. ♥
"meu PRIMEIRO DIA como livreiro. loja lotada, evento de lançamento no fundo da loja e eu, novato sorridente, andando pela loja pra me familiarizar com o ambiente, seções etc. passando perto da seção de fotografia, um senhor de tipo 50 e alguns anos me chama:
- mocinho, mocinho, por favor.
(já começa aí, né. mocinho meu cu)
- q
- sobre o que é esse livro? *THE BIG PENIS BOOK*
(começo a tremer, obviamente, porque, né, oi, é um livro de PAU GRANDE SENHOR)
- então, é um livro assim, meio engraçado, de fotografias antigas de homens que têm.. ahm, digamos: homens avantajados, sabe? tem também dos seios e vai sair o da bunda.
- NOSSA, achei incrível.
dai o senhor começou a falar sobre a admiração que ele estava sentindo ao ver tal livro, e como era surreal e como ele duvidava que era verdade. comecei a me afastar, mas ele sempre me chamava pra mostrar no dedo algum DETALHE que ele tinha achado interessante. chegou a dizer que "esse aqui equivale a um fist fucking, não acha?"
no final das contas, só me lembro que o nego virava uma taça de vinho atrás de outra e ficava me rodeando. quando a loja acalmou, ele chegou em mim e disse que tinha gostado da minha camisa e tentou abir um botão. SIM, JURO. dai eu surtei, sai correndo, comentei com uma amiga livreira "TEM UM CARA ME ASSEDIANDO HELP" mas, né, af, novato. bom, me afastei do cara e subi pro mezanino (onde ficam os banheiros) e quando to descendo de novo, bingo. tá o velho na porta do banheiro com a benga de fora me chamando 'VEM CÁ, VEM'.
sim, o cara mostrou o pinto pra mim na livraria.
resultado: TRAUMA.
episódios parecidos se repetiram incontáveis vezes na minha vida de livreiro, como quando um homem casado queria sair comigo porque a esposa dele "não fazia direito" e o cara que fingiu encomendar um livro só pra eu anotar meu telefone no papel pra ele me ligar depois."
manual prático de bons modos em livrarias: avc eterno.
(noite de domingo, livraria prestes a encerrar o expediente)
freguesa: boa noite, tem aquele livro do JAMES BOND, "a alma imoral"?
livreira: o do nilton bonder, né? só um instante.
(a semana PROMETE. vamos acompanhar)
manual prático de bons modos em livrarias: canta comigo, brasil.
Olá, sou fã do blog e em um desses momentos sem nada pra fazer (tenho vários, já que não trabalho), resolvi "homenagear" o blog desenhando uma tira. A tirinha é boba, mas a intenção é boa rs. Abraço e continue divertindo a manolada :)
freguês Wagner "Magrello" Carvalho
manual prático de bons modos em livrarias: HAHAHA :~
enquanto isso, gabriel gárcia márquez, leitor assíduo do manual, RIALTO
- mocinha, boa tarde, tem aquele livro do gabriel garcía márquez, o "memórias da minha virgem puta"?
(virgem e puta? tô confusa)
- não seria o "memória de minhas putas tristes"?
- não, não. é um novo aí, que ele lançou há pouco tempo.
(novo de 2004? sei)
- olha, o último livro do gabo (DESCULPA SE SOU ÍNTIMA) publicado é o "eu não vim fazer um discurso". o que a senhora está procurando deve ser o "memórias da minha puta triste" mesmo.
- não, não. eu li sobre esse livro numa revista... é "virgem puta" mesmo.
(vem gente, vem disputar o título de rei da paciência do baile)
- então, não existe nenhum livro com esse título.
- tudo bem, eu vou confirmar o nome e depois eu volto.
- certo. :)
manual prático de bons modos em livrarias: fregueses, vocês acham que é possível manter uma relação de amor verdadeiro sem confiança? não, né? portanto, pedimos encarecidamente que confiem em nós. caso isso não seja possível, recomendamos a utilização do kit-memória: google+papel+caneta. ♥
não, não é causo. mazaimeodeosdocéo.
(ela me mostra na tela os livros e verificamos que não há nenhum deles disponível na livraria. tudo bem, normal, sem problemas, afinal wittgenstein não é assim tão fácil de achar)
livreira: você não quer dar uma olhada nos livros do heidegger? do heidegger a gente têm!
(cadê o orelhão pra gente ver a diferença entre alhos e bugalhos?)
freguesa: er... não. obrigada. deixa pra outro dia. por enquanto vou continuar estudando o wittgenstein mesmo.
freguês: - moço, tem o apanhador de pipas?
livreiro: - no campo de centeio?
freguês: - ai, não sei, a menina falou apanhador de pipas. será que é esse?
(será que eu chego?)
***
freguesa: - boa tarde, tem o livro daquela menina famosa?
livreira: - mas qual menina?
freguesa: - aquele lá, o "anne frank, drogada e prostituída".
livreira: - não seria "o diário de anne frank?
freguesa: - acho que sim, mas ela não também não foi drogada e prostituta?
(poderia ser também "o doce veneno de anne frank". quer dizer)
**
freguesa: - tem "o vendedor de sonhos" do augusto cury?
(livreiro prontamente entrega o livro à freguesa)
freguesa: onde tem mais livros sobre simbologia?
(WHAT?)
**
freguesa: - sabe aquele livro do chuchu?
livreira: ...
freguesa: - é, aquele sobre a infância dele.
(mas desde quando tem biografia sobre o geraldo alckmin por aí, minha gente?)
livreira: - perdão, mas de quem a senhora está falando?
freguesa: - aquele cara famoso, PRESIDENTE da inglaterra.
(e a vontade de largar tudo e falar: não, marlene, vou pra casa)
livreira: - seria o churchill?
freguesa: - churchil? haha, vocês têm um sotaque tão engraçado.
(SABE)
**
livreira: - o sobrenome da senhora é souza com "s" ou com "z"?
freguesa: - claro que é com "s", né? caso contrário, seria ZOUZA.
(zouza total?)
**
freguesa: - moça, tens mad max?
livreira: - vamos ali na parte de áudio.
freguesa: não, é livro.
livreira: - você quer algum livro sobre o filme?
freguesa: - acho que é.
(livreira joga no sistema e encontra dois: um por encomenda e outro fora de catálogo)
freguesa: isso é impossível!, acabou de sair a nova edição desse livro. eu e meu filho vimos aqui na semana passada!
(enquanto a livraria tenta explicar para a senhora de que aquilo era impossível, ela bate o olho em algo e grita com cara de poucos amigos)
freguesa: ACHEI!
conclusão: era o vade mecum de direito. beijos.
manual prático de bons modos em livrarias: diálogos surreais, medo e delírio, memória inimiga, tudo junto e misturado, livros inexistentes... é, fregueses, o mundo gira, a lusitana roda, e vocês continuam iguais. ♥
freguês: boa tarde, vocês têm "orelhão"?
(a gente já chegou num estágio que... enfim, até explicar cansa. bóra ser educado e apenas responder a pergunta do jovem)
livreiro: olha, tem no shopping, senhor. é só seguir o corredor e virar à direita.
freguês: como assim, não tem aqui na loja de vocês?
(e a vontade de responder: aqui não, mas no mc donalds tem um com molho especial)
livreiro: não. não tem orelhão aqui, senhor.
freguês: COMO NÃO? vocês não vendem orelhão aqui?
(EU HEIN?! "como não?" oi? estamos falando da mesma coisa, bial?)
livreiro: vender... orelhão? cartão? ficha telefônica?
freguês: não, dicionário! aquele dicionário grandão!!!
(pedro de lara lá lá lá lá lá lá)
livreiro: ah, o aurélio. só um instante.