é quase sempre assim: freguês chega com o livro, pergunta o preço como quem não quer nada (mas querendo muito) e, depois de escutar a resposta, emenda:
- e tem desconto?
a pergunta rola mesmo se o livro estiver com o preço bacana de 9,90. a pergunta rola até no caso daqueles folhetos só com o primeiro capítulo de determinado título, que algumas editoras deixam nas livrarias. e o diálogo que aconteceu esses dias foi mais ou menos assim:
freguês: moça, tem desconto?
livreira: mas é amostra grátis, não é o livro.
freguês ah... mas tem desconto?
livreira: meu senhor, pode levar.
freguês: mas com desconto?
(SOCORRO? qual parte do 'amostra grátis' eu esqueci de falar?)
e quando a livreira responde que não, que infelizmente não há descontinho camarada, o harlam shake começa:
- moça, mas nem pra estudante? (não. beijo, meia-entrada)
- nem pra professor? (deveria, mas não tem)
- nem pra advogado? (não. a não ser que eu tenha desconto quando eu for no seu escritório pra tentar processar a vida por danos morais)
- nem se eu pagar em dinheiro? (mas nem se o senhor pagar em tomates)
- nem se eu levar esse exemplar rasgadinho? (não, nem assim)
- olha, eu tenho um problema de visão, será que rola? (MEU AMIGO... MEU AMIGO, NÃO)
- mas é meu aniversário hoje, moça? (cê tá de parabéns, curta um montão na balada, mas não)
manual prático de bons modos em livrarias: galera, entenda: não adianta chorar, dançar ou declarar amor na hora de pedir desconto para nós, pois a maioria dos livreiros não tem esse poder. "ah, e se eu conversar com o gerente?". daí a conversa muda e eu digo: vocês que são lindos, que se entendam. eu, hillé, não sou gerente, não mando em nada, mas posso mostrar o caminho do bem para vocês:
aqui ó. o
cuponation é um lugar maneiro onde é possível encontrar várias promoções de livros todos os dias. recomendo a lot. e sem fazer qualquer desconto na propaganda.