[querida/o bibliotecária/o]
semana passada, fui conhecer algumas livrarias e sebos carioquetes (alô, livreiro do sebo berinjela, ouvi a sua história do cachorro-quente e quase te paguei 01almoço). e, claro, aproveitei para dar um oi para a biblioteca nacional (♥). os livros que me perdoem, mas as histórias que a luciana g., uma das bibliotecárias de lá, me contou roubaram toda a cena. e a melhor de todas foi a de uma carta que a biblioteca recebeu de um gringo muito louco, que, bom, fiz questão de fotografar porque não dá (gente, não dá) pra explicar com palavras, só lendo mesmo:
para quem não manja nada de inglês, o freguês renan birck, disponibilizou uma tradução esperta da pérola literária. outro freguês maravilha, o pedro moraes, encontrou o perfil da simpatia no facebook.
***
daí a sonja faria, que é uma bibliotecária lá de londres, me mandou um e-mail, contando alguns dos causos que já aconteceram com ela e, MEU DEUS, acompanhem, por favor:
causo I:
"uma senhora veio abrir um cadastro conosco e eu disse que precisaria apenas de um comprovante de residência, mas ela não sabia o que era isso (tudo bem, tem gente que acha que para ter o perfil verificado no twitter tem que mandar comprovante de endereço para o FBI, ou seja.)
- olha, senhora, comprovante de endereço é qualquer coisa que tenha o seu nome e endereço. pode ser uma conta de luz, telefone ou um extrato bancário.
não, não adiantou explicar. ela disse que o que eu queria, na verdade, era saber quanto de dinheiro ela tinha no banco. depois de tudo resolvido, ela fez o cadastro e levou "os lusíadas". dias depois, a senhora retornou à biblioteca para perguntar o dia da devolução do livro. mostrei a data, que era aquele mesmo dia (08/02), mas avisei que ela poderia renovar por mais três semanas. pronto, ela disse que não, que ia buscar o livro em casa, pois era muito chato e que era impossível a data de devolução ser naquele mesmo dia, pois na folhinha da igreja marcava 18/02 e não 08/02.
- A FOLHINHA DA IGREJA NUNCA ERRA, MOCINHA.
sim, o marido estava do lado, completamente envergonhado."
causo II
"temos uma impressora e uma máquina de xerox, onde se tira copias por 0,05. a pessoa coloca moedas de 0,05 ou múltiplos de 0,05 (dependendo da quantidade de copias). certo dia, um português perguntou se eu podia podia usar o cartão-mestre e ele me pagava no caixa.
- mas qual é o motivo, senhor?
- veja bem, eu não posso vir até aqui com as mãos cheias de moedas de 0,05".
manual prático de bons modos em livrarias: amo/sou bibliotecárias[os].