[será que ele é?]



(sábado de carnaval em agosto. AE! pura folia. livreiro atarefadíssimo, com milhares de livros para guardar, cliente para atender, telefone tocando, e-mails para responder, faxes para arquivar, entre outros. num momento de aparente calma, resolve guardar livros de ficção científica, para aliviar os balcões e repor as compras das fãs apaixonadas de vampirinhos. enquanto guarda, começa a ouvir um assobio e, ao olhar para o lado, vê um senhor idoso, todo bonachão, que vira para si e diz:)

- é o canto do uirapuru, só canta uma vez por ano.

(oi? oi, vem cá, alguém perguntou alguma coisa? livreiro, atônito, continua guardando os livros. o idoso, aquele danado, todo malicioso, não satisfeito, pega um livro de uma mesa qualquer e mostra a capa ao livreiro)

- hm, "ELAS". "ELAS". alguns gostam delas, mas alguns gostam deles. não é?

(livreiro, todo trabalhado na sinceridade, não deixa barato)

- eu gosto deles.

(o idoso, que já estava próximo à saída da loja, vai embora. livreiro sente que, em breve, ele voltará com um buquê de flores. ♥)


manual prático de bons modos em livrarias: hahahah gente. tô rindo até agora, licença.

8 comentários:

  1. Adorei isso kkkkkkkkkk
    Eu simplesmente amo esse lugar, alegra o meu dia. Obrigada!

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  2. nossa, tou tão precisado de algo assim pra aumentar minha auto-estima, podia até ser o (finado) seu Ladir...

    a única vez que me abordaram para falar de sexo numa livraria, foi um evangélico heterodoxo meio fanático que disse que se "você se entregar à prática sexual na sua idade, você não vai arranjar emprego!".

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  3. a parte do "canto do uirapuru" já fazia parte da cantada? :P

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  4. hahahahah canto, cantada, tudo igual.

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  5. Ai, começa com uirapuru, termina com flor, o amor tem razões que a razão o amor desconhece né, sei lá

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