morri. beijos.
amor compartilhado pelo livreiro daniel aliano
cenário: do lado de fora da livraria, uma bela tarde de sol. do lado de dentro, livreira está milagrosamente parada no terminal de consulta no meio da loucura que quem é livreiro já conhece: uma propsta jk, 50 anos em 5. para quebrar o gelo, eis que chega a freguesa do dia, e ela chega chegando:
freguesa: boa tarde, você tem 'crime e castigo' em inglês?
(pra ajudar, só consta um exemplar no sistema. bóra procurar o danado, então. depois de dez minutos de procura frenética e muitos 'só um instante que eu já te ajudo', nada do livro)
livreira: olha, moça, tá muito difícil de encontrar, pois só temos um exemplar... não pode ser em português? a tradução desta edição está excelente.
freguesa (irredutível): não!, quero ler em inglês.
livreira: e a senhora não gostaria de fazer uma encomenda? chega na terça-feira (era sábado).
freguesa (mimimi): não, quero ler hoje!
(resignada, livreira continua a busca, afinal era um dostô! depois de mais alguns minutos e uma boa investigação, encontro o livro no setor de administração e levo triunfante para a freguesa)
freguesa: ai, menina, que maravilha! que bom que você encontrou! sabe, fiquei tentada quando você me falou dessa tal tradução, mas eu acho que é sempre bom ler os clássicos no original, né?
manual prático de bons modos em livrarias: verdade.
ah, vai, gente, é um erro compreensível! esses nomes terminados em -vsky têm toda a pinta de americanos!
ResponderExcluirui... nada como ler no original. Entendo...
ResponderExcluirMorto e enterrado com essa. Sem mais.
ResponderExcluirPróximo best seller: Quando Dostoievski chorou. Imperdível, do original em inglês!
ResponderExcluirNatália, ignorância grátis é uma coisa, mas arrogância grátis é indigesto demais!
ResponderExcluirsó que não...
ResponderExcluirOi?
ResponderExcluirpior é quando a gente procura o livro feito um condenado (trabalho em livraria há 8 anos e já passei por muitas situações como essas), pergunta a todos os vendedores (inclusives aos que trabalham na seção infantil!), coloca a livraria de cabeça pra baixa, busca atrás das estantes, vai ao balcão onde estão separadas as reservas,faz quase um apcto com o demônio para o livro aparecer, e eis que, tcharam, o livro aparece. você, vendedor atencioso e vencedor, vai todo feliz e o entrega ao cliente, e ele olha para o lviro, feliz da vida, pois você o encontrou. pega o livro, olha de um lado e do outro, passa umas páginas, lê umas frases soltas, depois o devolve e solta a clássica: "obrigado. eu só queria dar uma olhada e ver se tinha realmente o livro".
ResponderExcluira vontade que nós, livreiros, temos, é de pegar o livro mais pesado da livraria (algum de tarde, desses completos da obra de determinado artista) e jogá-lo na cabeça do dito-cujo-cliente!
Natália, please, não piora tentando ajudar!!!! Se tem algum americano chamado -sky é porque ele muito provavelmente descende de poloneses, como o próprio Dostô. Esses nomes são tipicamente eslavos. Pensar que Crime e Castigo foi escrito por um americano é quase uma ofensa, eles não teriam tanto fosfato, ainda se você dissesse um britânico...
ResponderExcluirIronia... a gente não entende por aqui...
ExcluirIronia... A gente não entende por aqui!
ExcluirIronia... a gente não entende por aqui...
Excluiresses nomes terminados em -vsky têm toda a pinta de russos!
ResponderExcluirhahahahahahahahahahaha gente morri de rir...
ResponderExcluirMinha prima conta que na primeira aula do curso dela de graduação em ciências sociais um esnobinho desse tipo disse que era fluente em alemão, portanto para que o professor passasse as referências de Durkheim no original... hahahahahaha
Pelamor, na era do Google, meu povo; CUSTA olhar antes? rs
Eu acho que a Natália foi BEM irônica no comentário.
ResponderExcluirHUAHUAHUHAUHAUHAU quero ler Weber em francês, Saramago em espanhol, Gracia Marquez em tcheco e Fitzgerald no bom e velho original (alemão? kkkk)
ResponderExcluirProvavelmente em uma livraria na Rússia, ela pediria um livro de Paul Rabbit escrito em brasileiro.
ResponderExcluirJesus na cruz Érika! A Natália usou aquela figura de linguagem, a ironia!
ResponderExcluirJesus na cruz, Érika! A Natália usou aquela figura de linguagem, a ironia!
ResponderExcluircara, trabalhei muitos anos atendendo essas mulas...não é fácil, a vontade é de sentar um 'Ulysses' na cabeça da infeliz...mas um 'Ulysses' na lingua original; em espanhol!!
ResponderExcluirEra um "Dostô". HAUHAUHAUHA, adoro!
ResponderExcluirAlguns comentários viraram uma espécie de bônus. A Natália fez uma brincadeira e a manezada achou que ela tava falando sério. hehehe
ResponderExcluirComentários são sempre um bônus nessas selvas internéticas...
ExcluirO próximo livro que ela vai pedir em inglês pra ler no original é do Kafka.
ResponderExcluirO próximo livro que ela vai pedir em inglês pra ler no original é do Kafka.
ResponderExcluirhaha Boa!
ResponderExcluirmorri, beijos... HUAAHUAHAUAHAU
ResponderExcluirFreguesa super esperta!
ResponderExcluirA arte de entender irônia na internet, uma habilidade para poucos....
ResponderExcluirU__________________________________U' CHEGA DE INTERNET POR HOJE!
ResponderExcluirA pretensão inicial destrói qq simpatia pela ignorância.
ResponderExcluirMuito bom! Qq simpatia pela ignorância é esmagada pela pretensão inicial.
ResponderExcluirChomsky
ResponderExcluirDostoievski se remexendo no túmulo!
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